EDITORIAL

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SEXTA-FEIRA, 13 DE JUNHO

Pesquisas demonstram fase mais crítica da liderança de Lula

Duas pesquisas de Opinião foram, ontem, divulgadas: Datafolha e IPEC/IPSOS. Ambas avaliam, tanto o Governo de Lula III, quanto sua margem de confiança e são coincidentes em assinalar o que é a fase mais difícil na trajetória do Presidente desde que assumiu, por vez primeira, o Governo em 2003. As entrevistas IPEC com os eleitores foram feitas entre 5 de junho e a última terça-feira (9). Foram ouvidos 2 mil eleitores em 132 cidades. Veja-se os resultados:

PESQUISA IPEC , 12 junho

• Ruim ou péssimo: 41% (eram 34% em setembro);

• Regular: 30% (eram 30%);

• Ótimo ou bom: 27% (eram 34%);

• Não sabe/não respondeu: 1% (eram 2%).

Saiba mais:

• Ipsos-Ipec: 58% dos brasileiros não confiam no presidente Lula

• Ipsos-Ipec: 55% dos brasileiros desaprovam maneira como Lula administra o país

• Quaest: 49% desaprovam trabalho de Lula, pela primeira vez o índice é superior à aprovação

• Datafolha: 24% aprovam o governo Lula e 41% reprovam

A última pesquisa IPEC, divulgada em 13 de março, mostrou que 41% avaliavam o governo Lula como ruim ou péssimo, uma alta em relação ao levantamento anterior. Os que avaliavam com bom ou ótimo eram 27%, uma queda. A pesquisa de março também apontou que 58% dos brasileiros não confiavam no presidente Lula (40% confiavam), e 55% desaprovavam sua forma de governar (40% aprovavam).

Há quem não dê grande crédito às Pesquisas, mas, sabe-se que o próprio governo também as faz, denominadas “tracking”, e que, embora confidenciais, também apontariam para a perda de popularidade de Lula III. Até teria havido, em abril, uma certa recuperação, depois da substituição do responsável pela comunicação, com o deslocamento de Paulo Pimenta. Os indicadores, econômicos, enfim, são todos animadores, apesar do grande zumbido em torno da crise fiscal, que nem é percebida pela população e parecia que o governo reencontrava seu rumo. O escândalo do INSS, entretanto, que levou à queda do Ministro da pasta, Carlos Lupi, e afastamento da bancada federal na Câmara do seu Partido, o PDT, da base de apoio ao Governo, reacendeu a crise de popularidade governamental. Destaque-se que, nas pesquisas, Lula está mais vulnerável que seu próprio Governo. Indicadores da Pesquisa demonstram, ainda, que as faixas de renda mais baixa da população e idosos, são os que mais confiam nele e no Governo. Finalmente, somados os que têm uma visão não negativa do Governo, a saber, que o vêm como regular, bom e ótimo, apesar da perda de sete pontos deste último, são mais do que os que o vêm negativamente:

· A) Ruim ou péssimo: 41% (eram 34% em setembro);

· B)Regular: 30% (eram 30%);

· C)Ótimo ou bom: 27% (eram 34%); B + C= 57%

Anexo

Ipsos-Ipec divulga pesquisa de avaliação do governo Lula nesta quinta (12) | Política | G1.Ipsos-Ipec: 41% avaliam governo Lula como ruim ou péssimo, e 27% como ótimo ou bom

É a primeira vez no terceiro mandato do petista que o instituto aponta que a avaliação negativa supera a positiva.

Por Arthur Stabile, Felipe Turioni

13/03/2025 21h11 Atualizado há 2 meses

Instituto Ipsos-Ipec: 41% dos brasileiros consideram o governo Lula ruim ou péssimo

Pesquisa Ipsos-Ipec divulgada nesta quinta-feira (13) aponta que 41% dos brasileiros avaliam o governo do presidente Lula (PT) como ruim ou péssimo e 27% como ótimo ou bom. É a primeira vez no terceiro mandato do petista que o instituto aponta a que a avaliação negativa supera a positiva.

Outros 30% consideram o governo Lula 3 como regular e 1% não sabe ou não respondeu.

Veja os números:

· Ruim ou péssimo: 41% (eram 34% em setembro);

· Regular: 30% (eram 30%);

· Ótimo ou bom: 27% (eram 34%);

· Não sabe/não respondeu: 1% (eram 2%).

Foram ouvidas 2.000 pessoas de 16 anos ou mais entre os dias 7 e 11 de março e a margem de erro é de 2 pontos para mais ou para menos.

Houve crescimento de 7 pontos entre os insatisfeitos desde a última pesquisa, realizada em dezembro de 2024. Por outro lado, caiu os mesmos 7 pontos aqueles que avaliam bem a administração petista.

Saiba mais:

· Ipsos-Ipec: 58% dos brasileiros não confiam no presidente Lula

· Ipsos-Ipec: 55% dos brasileiros desaprovam maneira como Lula administra o país

· Quaest: 49% desaprovam trabalho de Lula, pela primeira vez o índice é superior à aprovação

· Datafolha: 24% aprovam o governo Lula e 41% reprovam

A avaliação negativa de Lula se dá entre quem:

· tem renda mensal familiar superior a 5 salários mínimos (59% deste público);

· mais instruídos (48%);

· evangélicos (48%);

· votou em Jair Bolsonaro na eleição de 2022 (72%).

Já a avaliação positiva está mais presente entre:

· moradores da região Nordeste (37%);

· menos escolarizados (36%);

· quem tem renda familiar de até 1 salário mínimo (34%);

· católicos (34%);

· votou em Lula em 2022 (52%).

Aprovação ou desaprovação de como Lula administra

O Ipsos-Ipec também questionou como o brasileiro avalia a maneira como o presidente Lula está governando: 55% desaprovam o trabalho, enquanto 40% aprovam. Não sabe ou não responderam somam 4% dos entrevistados.

Veja os números:

· Aprova: 40% (eram 47% em setembro);

· Desaprova: 55% (eram 46%);

· Não sabe/não respondeu: 4% (eram 7%).

Houve alta de 9 pontos entre aqueles que têm visão negativa da gestão Lula desde a última pesquisa, em dezembro, enquanto a visão positiva caiu 7 pontos no período.

A aprovação é maior entre moradores da região Nordeste (53%), os que têm o ensino fundamental (51%), os que possuem renda familiar mensal de até 1 salário mínimo (50%), os católicos (50%) e pessoas com 60 anos ou mais (49%).

A desaprovação à forma como o presidente Lula vem governando é maior entre aqueles com renda mensal familiar superior a 5 salários mínimos (72%), os evangélicos (66%), os mais instruídos (64%), quem tem de 25 e 34 anos (63%) e aqueles com outra religião, que não a católica ou evangélica, ou sem religião (63%).

Confiança no presidente

O Ipsos-Ipec avaliou a confiança em Lula pelo eleitor: 58% disseram não confiar no presidente, enquanto 40% disseram confiar.

Veja os números:

· Confia: 40% (eram 45% em setembro);

· Não confia: 58% (eram 52%);

· Não sabe/não respondeu: 2% (eram 3%).

Aumentou em 6 pontos a quantidade dos que não confiam no presidente, ao mesmo tempo que a confiança caiu 5 pontos.

Não souberam ou não responderam somam 2% dos entrevistados (eram 3% no levantamento passado).

Os que confiam mais no petista são: moradores da região Nordeste (55%), os que têm o ensino fundamental (50%), católicos (50%), quem tem 60 anos ou mais (50%) e aqueles com renda familiar mensal de até 1 salário mínimo (49%).

Já os que não confiam são: evangélicos (70%), quem tem renda mensal familiar superior a 5 salários mínimos (73%), moradores da região Norte/Centro-Oeste (66%), aqueles com outra religião, que não a católica ou evangélica, ou sem religião (66%) e os que possuem ensino superior (65%).